Pertencer, caber...

duas cadeiras brancas com cesto no meio, ao fundo parede branca

Não sei se conhecem a escritora, psicanalista, mãe de Miguel e Helena, mulher negra Elisama Santos. Pra quem ainda não conhece, fica minha forte indicação que busque o material dela. Riquíssimo!

E relendo seus livros, vendo seus vídeos não consigo não ver alguém falando também em partes com a teoria de Winnicott, que eu me utilizo para atuar como psicóloga de abordagem psicanalítica.

Ambos destacam um ponto que hoje queria falar. O ambiente é algo fundamental pro ser humano. O ambiente visto como pessoas, ou seja, um ambiente pode nos facilitar ou não. Pode ser suficientemente bom, atendendo nossas necessidades e nos permitindo ser quem somos ou não.

E ela num determinado ponto fala sobre a diferença entre pertencer e caber. Que me fez lembrar desses termos da psicanálise Winnicottiana pois ele falando que nós seres humanos buscamos cuidados, precisamos de um ambiente minimamente organizado emocionalmente, faz pensar que então faremos todo tipo de ajuste pra receber isso.

E por vezes podemos nos perder entre o que é algo humano, o pertencer. E aquilo que machuca, que não me leva em consideração, o caber.

E poder notar isso nos ambientes que temos faz a gente entender melhor nosso papel, papel do outro e poder dar ajustes mais criativos.

"Todos nós temos a necessidade do pertencimento, o que muda é a forma como me sinto pertencente"

Elisama Santos

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Ludmila A. Saar de C. Gontijo 🌳 CRP 01/2139